20/09/2011

ideia: caixa Bíblica

Um ótimo material para introdução das histórias bíblicas, pode ser apresentado no início da Semana da Bíblia.
É uma caixa de sapato (pequena) encapada com colorset preto e com letras em papel laminado prateado.
Dentro da caixa vão figuras coladas no palito de sorvete representando o que há na Bíblia.
Como usar: (história)
1 - No princípio a Bíblia era escrita em pergaminhos que não podiam ser carregados por uma só pessoa...etc.
2- A Bíblia é um livro que tem outros 66 livros dentro.
3- Na Bíblia encontramos histórias felizes (rostinho feliz - citar uma das histórias felizes da Bíblia); histórias tristes (rostinho triste); histórias românticas (rostinho com olhos de coração); histórias estranhas; histórias de animais, histórias estranhas; histórias engraçadas...
4- E todas elas falam do amor de uma pessoa especial...
5- JESUS!!!
..... Enquanto vai tirando as figuras da caixa, conta uma história ilustrando.


A Igraja de Jesus é Formada por gente

[A Igreja de Jesus[3].jpg]

site com Historinhas Bíblicas

image
http://www.historiasbiblicas.com.br/downloads.php

19/09/2011

Características das Crianças em cada Faixa Etária

A Criança de 0 a 6 anos
Este texto foi organizado com o propósito de oferecer aos professores (as) das crianças as Escola Bíblicas, algumas informações acerca do desenvolvimento da criança de 0 a 6 anos.
Acreditamos que uma base teórica que lhes proporcionem a compreensão de como ocorre o desenvolvimento da criança de 0 a 6 anos em seus aspectos cognitivo, afetivo e social poderá oferecer-lhes subsídios para que possam relacionar nesses princípios à maneira como atuar nas classes ajudando nossas crianças a tornarem-se cristãos mais conscientes, autônomos, críticos, criativos e felizes.
A criança, ao nascer, não traz hereditariamente formas prontas de conhecimento que evoluíram através dos anos com a maturação. Tampouco, podemos considerar a criança uma “massa amorfa” que vai saindo modelada aos poucos pela influência e reforços do mundo ao seu redor.
A criança constrói os seus conhecimentos interagindo com o mundo em que vive e que seu pensamento cresce partindo de ações e não de palavras. O conhecimento não pode ser dado às crianças. Ele tem de ser descoberto e reconstruído através das suas atividades. As crianças aprendem melhor partindo de experiências concretas.
Por natureza, as crianças estão continuamente em atividade. Elas têm de descobrir e dar sentido ao seu mundo. Quando elas estão fazendo isto, elas refazem as estruturas mentais que permitem tratar de informações cada vez mais complexas.
Este refazer de estruturas mentais torna possível a genuína aprendizagem – aprendizagem que é estável e duradoura. Quando essas estruturas, que são necessárias, não estão presentes, a aprendizagem é superficial.
Esperamos com a Educação Cristã que nossas crianças façam parte da Missão, que tenham “uma compreensão da vida e da sociedade, que sejam comprometidas com uma prática libertadora, recriando a vida e a sociedade segundo o modelo de Jesus Cristo e questionando os sistemas de dominação e morte, à luz do Reino de Deus”.
Para atingirmos esse objetivo precisamos estabelecer um currículo de Educação Cristã para a Escola Bíblica fundamentado nas Escrituras Sagradas e que atende as características do desenvolvimento da criança e que proponha uma metodologia de ensino compatível com esse desenvolvimento.

A Criança de 0 a 2 anos
Ao nascer, a conduta da criança é determinada hereditariamente. Ela desenvolve os reflexos inatos, como, por exemplo o de sugar, por meios de exercícios funcionais, que são exercícios de repetição de seus atos. Na interação com os objetos e pessoas, a criança vai assimilando suas próprias reações aos estímulos que recebe.
A partir dessas repetições e, conseqüentemente, assimilações, a criança vai construindo aos poucos uma lógica de ação. Por meio da ação, a criança de refere aos acontecimentos, recorda-os e pode produzi-los.
O universo que inicialmente estava centrado no corpo da criança e em sua ação, vai sendo descentrado de tal forma que ela acaba por situar-se como alguém num universo maior, num universo de objetos permanentes.

A Criança de 2 a 7 anos
A criança, neste período, reconstrói conceitualmente tudo o que, desde o seu nascimento, constituiu como ação.
Os esquemas sensórios-motores já não são os únicos instrumentos de aprendizagem e desenvolvimento. A criança possui a capacidade de representação verbal e de pensamento.
A criança agora é capaz de interagir com o objeto, mesmo ausente, criando significantes que o representam como desenhos, gestos, palavras ou outros objetos.
A capacidade de representação da criança se manifesta de diferentes formas: a imitação, a brincadeira de faz-de-conta, o desenho, a imagem mental e a linguagem.
A linguagem escrita também surge neste período, que além de fazer parte do sistema de representação, começa a ser objeto de interesse da criança.
Nesta fase a criança amplia muito, sua capacidade lingüística, com o uso de verbos simples, adjetivos e advérbios de tempo e de lugar. Enquanto as crianças mais novas falam para si mesmas ainda que estejam juntas com outras crianças, as mais velhas já são capazes de estabelecer trocas verbais com seus pares e os adultos.
Conhecer como as crianças se desenvolvem e aprendem, com certeza, vai nos auxiliar na escolha das melhores estratégias para uma educação cristã mais afetiva e compromissada com a construção de um ser humano mais feliz.
Vejamos agora a descrição das características do crescimento e desenvolvimento da criança, bem como algumas breves orientações de acordo com cada idade.
Vale lembrar que este quadro representa uma síntese de diversos estudos na área do desenvolvimento infantil e que por isto não pode ser considerado completo e definitivo.

O Desenvolvimento da Criança: de 12 aos 18 meses
Características do crescimento e desenvolvimentoOrientação ● Crescimento geral menos acelerado, maior e melhor coordenação muscular.


● Mostra interesse por toda espécie de atividade.


● Usa da imitação.


● Compreende o significado das palavras.


● Maior capacidade de contato social.


● Capaz de distinguir sons repetidos e rítmicos.


● Tem rudimentar noção de espaço.


● Não dispõe ainda da compreensão de causas e conseqüências.


● É egocêntrica. ● Pegando, apalpando, ela está descobrindo o tamanho, a forma e a mobilidade de tudo no seu mundo.


● Repetir rotinas, horários; mesmo lugar para os jogos e atividades.


● Deixá-la com outras crianças.


● Proporcionar oportunidades para ouvir músicas.


● Guarda “com” ela os seus brinquedos e roupas.


● Não repreender se a criança não compreendeu o que não pode fazer.


● Compreender que a criança considera ainda seus brinquedos como parte dela e os defende como tais.

O Desenvolvimento da Criança: de 2 e 3 anos
Características do crescimento e desenvolvimentoOrientação ● Melhor coordenação motora, tanto para flexão como para extensão. Controle do polegar.


● Maior progresso na linguagem.


● Interdependência das atividades mentais e motoras.


● Aprende, ainda, principalmente por imitação.


● Maior desenvolvimento da inteligência e poder de dedução.


● Memória mais desenvolvida.


● Negativismo acentuado.


● Habilidade maior para expressar emoções.


● Capaz de dramatizar (3 anos).


● Observação de detalhes.


● Atenção mais desenvolvida. ● A criança necessita de espaço para correr e pular. Deixar ao seu alcance tesoura sem ponta.


● Conversar normalmente com a criança. Não imitar a fala infantil.


● Oferecer espaços para o faz-de-conta.


● Ter paciência, pois é uma condição normal do crescimento. Evitar as oportunidades de alternativas: pôr o assunto em termos definidos, falar clara e simplesmente com ela.


● Dar oportunidades de dramatizar.


● Solicitar que descreva gravuras. 

O Desenvolvimento da Criança: de 4 e 5 anos
Características do crescimento e desenvolvimentoOrientação ● Melhor coordenação dos músculos grandes. Pequenos músculos das mãos mais desenvolvidos.


● Capacidade para concentrar a atenção durante 15 – 20 minutos, aos 4 anos.


● Imaginação muito fértil.


● Tem senso de iniciativa; percebe que pode planejar, ter e executar idéias.


● Afetuosa – Curiosa.


● É capaz de concentrar a atenção por períodos mais longos, 20 – 40 minutos, a partir dos 5 anos.


● É mais seguro de si mesma, tem capacidade de autocrítica.


● Aparece o interesse pelo mundo fora do lar.  ● Oferecer brinquedos para que possa exercitar seus sentidos e músculos.


● Contar histórias, ora reais ora fictícios, para que ela aprenda as diferenças.


● Responder sempre as perguntas.


● Ajudar a aceitar os limites necessários.


● Dar oportunidade para compartilhar experiências com a família.
 

O Desenvolvimento da Criança: de 6 e 7 anos
Características do crescimento e desenvolvimentoOrientação ● Maior amadurecimento neuromuscular.


● Vocabulário até 2.500 palavras.


● Faz perguntas sobre tudo que a rodeia.


● Tem iniciativa.


● Distingue melhor a realidade da fantasia.


● Curiosidade sexual mais acentuada.


● Período de transição entre individualismo e participação em grupos maiores.


● Mostra algum grau de pensamento abstrato.


● Aumenta o poder de concentração da atenção.


● Conhece e usa palavras descritivas e de ação.


● Maior capacidade de compreender, discutir e enfrentar situações emocionais.  ● Dar tempo para completar as tarefas.


● Dar oportunidades para usar a iniciativa, deixando-a agir por si mesma.


● Encorajar a criança a tomar posse em grupos, mas não forçar.


● Contar e fazer contar histórias.


● Evitar chamar atenção, procurar colocar a criança à vontade. Evitar discussões.


 

O Desenvolvimento da Criança: de 8 e 9 anos
Características do crescimento e desenvolvimentoOrientação ● Aumento da coordenação dos pequenos músculos, apresenta maior habilidade manual.


● Demonstra maior habilidade em distinguir fatos de ficção.


● Direito da propriedade bem definido.


● Está desenvolvendo pensamento lógico.


● Maior habilidade em exprimir suas idéias, em definir seus problemas.


● Maior capacidade em aceitar críticas e em avaliar a si própria.


● Tem interesse em pertencer a grupo.


● Apresenta independência em relação à família.  ● Oferecer trabalhos manuais e brinquedos / brincadeiras mais elaboradas.


● Proporcionar leituras selecionadas de acordo com as preferências e capacidades.


● Deve cuidar de objetos pessoais e do grupo.


● Orientar em generalizações, após várias evidências terem se apresentado.


● Estabelecer clima que permita à criança concordar e discordar.


● Orientar na apreciação do valor do outro, assim como no da própria criança.


● Estimular a aprendizagem de práticas sociais. 

O Desenvolvimento da Criança: de 10, 11 e 12 anos
Características do crescimento e desenvolvimentoOrientação ● Bom controle de grandes e pequenos músculos, apresenta aumento acentuado da força manual.


● Coordenação visual e motora quase igual à do adulto.


● Aprecia medir força física e habilidade com os outros.


● Apresenta maior habilidade em generalizar e em pensamento crítico.


● Interesse em explorar e experimentar.


● Está apta a planejar com antecedência.


● Pronta a assumir maiores responsabilidades.


● Capaz de definir e compreender palavras abstratas.


● Capacidade para generalizações mais rápidas, segue mais facilmente argumentos lógicos.


● Maior sociabilidade.


● Nova visão do mundo, mostrando maturidade progressiva.  ● Possibilitar recreação variada.


● Orientar quanto à competição.


● Procurar desenvolver atitude científica: fato X opinião.


● Dar oportunidade para organizar atividades / eventos.


● Orientar para estabelecer seus próprios objetivos e avaliar seu crescimento e sucesso.


● Conversar, discutir suas opiniões, trocando idéias e sugestões.


● Incentivar o diálogo com os colegas e outras pessoas.


● Orientá-la e apoiá-la em suas iniciativas, deixando-a assumir suas responsabilidades.  

A Chave do Ensino Bíblico para as Crianças

PERSISTÊNCIA
 
Uma mera exposição bíblica não tem a eficácia do ensino persistente,
 contínuo, moldado conforme a faixa etária do ouvinte.

Não basta dizer à criança, apenas uma vez, que Deus a ama. Temos
 que repetir-lhe repetidamente esta afirmação.

Não basta contar-lhe história bíblica uma só vez, ou levá-la à igreja
 uma vez por ano, ou à escola bíblica uma vez por mês. Elas precisam isto
constantemente, precisam estar em contato com o ensino da Palavra pelo
menos 1 vez por semana.

É necessário que leiamos as histórias para elas. E precisam da explicação do
texto. Quanto mais ouvirem o texto bíblico, quanto mais pessoas confirmarem
o que foi exposto, mais crerão no que a Bíblia afirma (Rm 10.17).

O professor precisa explicar o plano de salvação, ensinar ao aluno como irão
 receber
a Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador. É necessário repetir, lição
 após lição, que Deus tem um plano para sua vida.

Persistir é a chave do ensino bíblico. Persistir em oração. Ensinar, semana
após semana, o alto valor das Escrituras, a certeza do amor de Deus e o perdão.
 Aplicar tais valores a um dia-a-dia, transformando o aluno em um discípulo
de Cristo. Esta é sua tarefa, professor, nunca desanime!

De crianças sim, e é ministério

Ajuntai o povo, os homens, as mulheres, os meninos e o estrangeiro que está dentro da vossa cidade, para que ouçam, e aprendam, e temam o SENHOR, vosso Deus, e cuidem de cumprir todas as palavras desta lei; para que seus filhos que não a souberem ouçam e aprendam a temer o SENHOR, vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra à qual ides, passando o Jordão, para a possuir.” DT 31:12,13.

Salinha, cultinho, inho... nada me irrita mais do que estes termos, não pelo tom carinhoso, mas pelo desprezo que eles vem carregando durante os anos. Trabalhar com crianças é um ministério. Somos chamados, capacitados por Deus para tal. Já posso até imaginar seu pensamento: “_ Opa! Então estou fora, não tenho esse dom para ministrar às crianças!”  Só que “Deus não chama os capacitados, mas capacita os chamados.”  Se você é pai ou mãe, já foi chamado para este ministério, pois ele começa em seu lar. Se não, procure saber onde  Deus lhe quer, qual é seu lugar no Corpo de Cristo. Estou torcendo para ser com as crianças, pois é muito frutífero!

O trabalho com crianças é um ministério específico de cuidado, de apascentar como disse o próprio Jesus quando se referia aos cordeiros, que são os filhotes de ovelhas. “Disse Jesus: Apascente os meus cordeiros” João 21:15. Os professores apascentadores de crianças se dedicam a ajudar aos pais a ensinarem seus filhotes no caminho em que devem andar, para quando crescerem não se desviarem dele. Segundo o dicionário de Aurélio, apascentar significa: doutrinar, ensinar, guiar, pastorear. Nutrir, alimentar, sustentar. Recrear, deleitar, entreter. Aurélio nos dá muitas opções com as crianças!

Nas classes bíblicas da igreja espera-se que as crianças aprendam verdades Bíblicas, e que sejam ensinadas de acordo com suas necessidades e características próprias da idade. Os pais são beneficiados através deste ministério, pois podem participar mais ativamente do culto, enquanto suas crianças aprendem em sua própria classe.  Mas atenção! Não vamos confundir os papéis, aos pais cabe a responsabilidade de educar e ensinar a criança a andar nos caminhos do Senhor Jesus. “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (DT 6:6, 7). “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor (EF 6:4).
 

A principal função do professor, é servir de modelo para seus alunos - seus discípulos, (Mateus 28: 19,20; Atos 1:8). Pois “o veículo  do ensino mais poderoso, é a pessoa humana, que vive o que prega” (CECED). Se você está disposto a servir o Senhor neste ministério, então pode ser um apascentador de crianças, ou seja, pastorear os cordeiros (filhotes de ovelhas). As crianças precisam ter uma referência, por isto, o rodízio de professores não é benéfico. Cada classe precisa de alguém responsável, ou uma dupla, para cuidar e apascentar cada faixa etária, com suas características e necessidades específicas. Assim, estes obreiros serão os apascentadores destes pequeninos, cumprindo a ordem de Jesus em Jo 21.15.
O professor é um ajudador para os pais na tarefa da educação cristã, que é a mais importante de todas. Ensinar uma criança a andar nos caminhos do Deus verdadeiro deve ser prioridade na vida dos pais cristãos. Deve ser mais importante que carreira, status, estudo ou qualquer outra coisa. Nosso alvo deve ser: Criar a imagem de Jesus Cristo em nossas crianças, nossos discípulos.
A igreja que valoriza e respeita as crianças,  demonstra isto através do espaço e investimento que dedica a elas. Envolva-as na igreja de Jesus Cristo antes que o mundo as envolva em seu sistema satânico.

Objetivos e propósitos
O principal objetivo do ministério com crianças é ensinar a Palavra de Deus, a Bíblia, tendo Jesus como  ponto principal do seu ensino, visando a salvação e o crescimento espiritual do aluno, desde criança até adulto. Através deste ensino, transformar a vida da criança. Vida esta, que deve expressar no meio em que vive, a fim de levar Cristo a outros, visando o crescimento do Reino de Deus.
Tenho utilizado os seguintes alvos para o ministério com crianças:

Alvos para o ministério com crianças
Que as crianças tenham uma experiência real e pessoal com seu amigo e salvador Jesus, dentro dos limites do seu desenvolvimento.
Que o ambiente da escola bíblica seja cheio de atrativos. Um recanto alegre, seguro e divertido, onde aprendam fazendo, tendo assim, motivação para boa freqüência.
Que as crianças aprendam a Palavra de Deus por princípios, enfatizando vida abundante e transformadora
Motivar a criança a assumir compromisso com o que aprendeu, aplicando isso em seu dia a dia, abrangente a todas as áreas de sua vida
Resumindo: salvação, crescimento e serviço.

Estes são alvos que devemos perseguir sempre, em unidade, pensando no melhor para as crianças. Acrescente a estes alvos específicos de acordo com as necessidades e realidade de sua igreja. E se fizermos com amor, da melhor maneira possível, o senhor nosso Deus nos dará a devida recompensa. “Portanto meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor o vosso trabalho não é vão”. 1 Co 15.58.

Nossas igrejas devem ser motivadas a e investir no ministério com crianças, pois os resultados são eternos. É necessário que avaliemos nossas prioridades, nossos alvos , nossos métodos e nossos preconceitos. Precisamos começar nossa reflexão sobre a educação cristã infantil com base no ensino eficiente. Precisamos ver o bom - avaliá-lo  e ver se não é possível melhorá-lo. Devemos fazer um exame minucioso em nosso processo didático de atividades e se necessário, mudanças, para que possamos alcançar nossas metas e nosso alvo principal: formar o caráter de Jesus nas crianças, nossos discípulos.

Para alcançarmos o propósito de ter uma escola bíblica com qualidade e unção, precisamos fortalecer os relacionamentos, trabalhando com simplicidade, caráter, unção, buscando capacitação contínua, transparência, criatividade, coragem e amor... Muito amor! Eis o desafio de todos nós, educadores, ministros da Palavra de Deus.

As dificuldades e desafios virão, com certeza! Diante delas é preciso humildade para reconhecer nossas limitações, e coragem para vencer obstáculos. O conflito é nossa matéria prima. Cabe-nos transformá-los em vitórias. É isto que nos ensinou o Mestre dos mestres. Ao longo do ministério de Jesus Cristo as pessoas o reconheciam como mestre, capaz de transformar água em vinho, tristezas em alegrias, doenças em glórias para Deus... Jesus passou a maior parte de seu ministério ensinando verdades espirituais e curando as pessoas de seus males.  Quão grande privilégio é poder seguir os passos de nosso Senhor Jesus! 

Ser mestre é seguir investindo no Reino de Deus, acreditando e valorizando as pessoas. Ser professor é ser modelo, exemplo de vida. É dedicar-se  ao máximo no ensino. É ver a transformação que a Palavra de Deus efetua na vida das pessoas que a recebem, promovendo felicidade! Ser discipulador é amar  as sagradas escrituras, assim como Esdras, dar-se por ela em amor ao próximo, para que o mundo veja que somos  discípulos de Jesus. É se lançar como instrumento de Deus, para transformar as vidas de crianças, jovens e adultos.

Ser professor é ser privilegiado. A recompensa é certa! “Quem obedecer à lei e ensinar os outros a fazerem o mesmo será grande no Reino dos Céus”. Mt 5.9 (BLH).

Seríamos adultos melhores se tivéssemos sabido do amor de Deus por nós desde nossa meninice”.

O que é uma rede de crianças?
Uma rede de crianças é um ministério da igreja celular cuja estratégia é ganhar vidas desde a menor idade para que o crescimento não seja perdido em enganos, fantasias malignas ou más obras.
Para que toda criança cresça perfeitamente habilitada para toda boa obra.

Quais suas estratégias?
Ensinar a verdade. Disciplinar o temperamento. Corrigir o comportamento.
 
Através de:

Discipulado - Fazer seguidores de Cristo. Fortes em Deus usados pelo Espírito Santo
Missões – Gerar amor pelo povos e pelos que se doam por eles.
Serviço – Inspirar para boas obras.
Comunhão – Exercitar excelência no conviver.
Adoração – Forjar apaixonados por Deus.

Quando crianças já podem receber ensino cristão?
Desde atividades de berço. Músicas, histórias, brinquedos já podem servir de estímulo e inspiração para ensino construtivo.
 
Quando começa o investimento espiritual em crianças?
Desde antes de engravidar os pais já podem abençoar seus filhos. Na igreja, recebemos crianças desde seu início de vida e são considerados do ministério infantil até 11 anos. As atividades com elas são dividas por faixas etárias que respeitam o desenvolvimento cognitivo de cada grupo.
 
Um ministério com Crianças existe por ‘Quê’?
Pois a infância é tempo de semear.
Semear coisas boas. Assim como na natureza o vento leva coisas ou pássaros podem levar sementes para longe, nos assuntos espirituais sementes de esperança e fé bem como talentos podem ser roubados ou abafados. Oportunidades podem ser perdidas. Com alto custo.
Nenhum de nós entregará seu campo para ser cuidado por quem não saiba fazê-lo. Por isso o acompanhamento de qualquer atividade que seja feita com uma criança deve ser rigoroso!
Deus não deseja que se perca nenhum dos pequeninos.
Deus chama uma equipe para preservar vidas de crianças e nunca desperdiçá-las afastando-as da casa d'Ele ou fazendo-as desconhecer o poder da vida de oração e poder da Bíblia que é sua Palavra fiel.
Talentos e almas das crianças pelas quais Jesus morreu não podem ser negligenciados.
Quem trabalha com crianças quer investir para eternidade.
Um evangelista de crianças quer propagar verdades e acredita que meninos e meninas aprendem e são tocados por Deus e usados nas mãos d'Ele!
A razão de haver uma rede para crianças na igreja local é que Deus ama as crianças !
Desde muito cedo marcas terríveis são feitas na mente coração dos pequeninos. O ensino de Deus as protegerá da cegueira que a falta de esperança e baixo senso de valor produz!
A fé em Jesus é também o remédio e o caminho para salvação dos meninos e meninas e através desta fé viva entenderão que Deus tem uma plano para executar através delas e assim viveram com propósitos.

Para trabalhar com crianças a palavra chave é obediência.
Pois pela fé foi que os nossos antepassados obtiveram bom TESTEMUNHO!
1 João 5:11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho.
Hebreus 11:2 Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho.
Hebreus 11:4 Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala.
Os professores devem ser obedientes a Deus e ensinar a mesma postura aos pequeninos. Vida cristã vem pelo ensino com a vida e não apenas com as palavras.

Convicção que norteia a educação cristã de crianças

“Uma criança ganha para Deus é uma vida inteira a serviço de Deus!” - APEC

Todos pecaram e isto inclui as crianças.
Crianças são eternas.
Crianças precisam de Deus.
Crianças que amam a Deus chegaram mais longe pois assumirão seu destino eterno!
Jesus morreu e ressuscitou pelas crianças também. A salvação é um presente também destinado as crianças.
O poder de Deus opera sobre crianças que crêem em Jesus, fonte de todo poder e autoridade aqui na Terra.

LÂMPADA PARA OS MEUS PÉS

Salmo 119.105

A Palavra de Deus, a Bíblia, é comparada a alguns objetos conhecidos.

No Salmo 119, versículo 105 a Palavra de Deus é comparada a uma lâmpada.

A lâmpada serve para iluminar e clarear a escuridão.

A Bíblia é comparada com uma lâmpada, porque os seus ensinamentos mostram o caminho do bem.

Quando lemos que a Bíblia é lâmpada para os nossos pés e luz para nossos caminhos, quer dizer que as verdades escritas são recados de Deus que nos ajudam a viver bem com nossa família, vizinhos e amigos.

A Bíblia nos ensina a falarmos a verdade e a sermos honestos . Ela também nos ensina a tratar as pessoas com respeito e gentileza.

Precisamos apresentar a Bíblia a outras pessoas e ensinar as verdades que podem transformar suas vidas.

Através da Bíblia apresentamos Jesus.


Exercícios de Fixação:

1 - Copie o versículo 105 do Salmo 119.
2 - Faça um círculo em volta da palavra lâmpada.
3 - Desenhe uma Bíblia e escreva nela: A Bíblia é a Palavra de Deus.

Tomé onde está tua fé?

Graça e Paz!

Todo mundo já deve ter brincado de Detetive; uma brincadeira cujos personagens são: o assassino, o detetive e as vítimas.
Na brincadeira Tomé onde está a tua fé? teremos novos personagens: Jesus, Tomé e os apóstolos. Esta é uma brincadeira para ilustrar a mensagem de fé transmitida na passagem bíblica de Tomé.
 
Material: Tiras de papel e caneta

Escreva sobre um papel "Jesus", sobre outro "Tomé" e tantos "Apóstolos" quantos necessários para completar o número de crianças. Dobre os papeis e sorteie.
As crianças se colocam num círculo e Jesus deve discretamente piscar com um olho para qualquer das crianças, enquanto Tomé tenta descobrir qual criança é Jesus.

Jesus é sinal de vida nova, quando ele piscar, se a criança for um apóstolo deverá dizer:
- Jesus está presente e vivo no meio de nós!
Tomé não acredita que Jesus esteve presente no meio dos apóstolos porque não o vê, procura descobrir onde está Jesus.
Quando Tomé descobrir, ou pensar que descobriu, este indicará a pessoa dizendo:
- Mestre, é você mesmo?

Caso a criança que Tomé indicou seja um dos apóstolos, estão, quem estiver representando Jesus, manifesta-se dizendo:
- Tomé, onde está a sua fé???



Mariana, A Florzinha

A Casa na Rocha

EVANGELISMO DE CRIANÇAS

Zelina M.R. da Paz

Tem este trabalho o objetivo de despertar, incentivar, mostrar aos missionários a necessidade de cumprir o imperativo divino, encontrado em João 21.15:

 “Apascenta meus cordeiros”

                     
Á - É - I - Ó – U
DO TRABALHO COM CRIANÇAS

Segundo o Dicionário Aurélio, Á - É - I - Ó - U, é a substantivação de a, e, i, o, u com que se designam as primeiras letras ou rudimentos de uma matéria.
Você se recorda de como veio a aprender a ler e escrever? Lembra quantas vezes escreveu as vogais em seu primeiro caderno?
Para deixar de ser analfabeto é necessário dominar, em primeiro lugar, os rudimentos da gramática, e, infelizmente, quantos ainda vivem em absoluta ignorância!
No trabalho com as crianças existe, também, muita ignorância por não se conhecer as noções básicas para se obter resultados satisfatórios e eternos.
Há muitos que são ANALFABETOS em trabalhos com crianças, fazendo tudo de maneira apenas superficial e sem qualidade.
Deseja conhecer e dominar esta matéria? Então escreva em sua mente e coração, até gravar bem, o Á-É-I-Ó-U do trabalho com crianças.

A - AMOR

“Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: APASCENTA OS MEUS CORDEIROS” (Jo 21.15)
Pedro que negara ao Senhor três vezes é questionado três vezes pelo Senhor: “Amas-me” e só ao responder: “Tu sabes que te amo” é que recebe a missão de apascentar, pastorear, tanto cordeiros como ovelhas.
Interessante neste texto é Jesus utilizar a palavra “cordeiro” que identifica os pequeninos de um rebanho de ovelhas, o que nos faz pensar que, também, as crianças precisam de cuidado pastoral. Sim, as crianças precisam ser apascentadas e não pajeadas.
Muitos trabalhos com crianças se resumem apenas em tomar conta dos pequenos para que não atrapalhem os grandes e os que estão à frente das crianças tios ou tias que pouco ou quase nada fazem par a formação espiritual das mesmas.
O que leva alguém a ser consciente de sua responsabilidade pastoral com as crianças é estar tomado de amor ao Senhor Jesus.
Só quem ama ao Senhor poderá amar também as crianças e dedicar-se a elas, pois o amor de Cristo nos constrange, julgado nós isto: Um morreu por todos, para que os que vivem não vivam para si mesmos, mas para aquEle que por eles morreu e ressuscitou” (II Co 5.14-15).
É preciso verificar que no Velho Testamento encontramos o mesmo princípio. Em Deuteronômio 6.4-9, antes da ordem para que os pais inculquem a Palavra de Deus em seus filhos, há o mandamento: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.
Não haverá ministério eficaz com crianças sem um coração pleno de amor ao Senhor.

E - ESPERANÇA
“Que virá a ser, pois, este menino? (Lucas 1.66)
Quando estas palavras foram pronunciadas, por ocasião do nascimento de João Batista, o seu pai, Zacarias, tinha uma profunda convicção e esperança, chegando a afirmar: “Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo” (Lucas 1.76).
No Velho Testamento, no Salmo 78 versos 1 a 8, fica bem claro que ao falarmos às futuras gerações sobre o Senhor e a maravilha de seu Amor e sua Salvação, estas crianças confiarão ao Senhor e serão obedientes à sua vontade, escapando de virem a ser uma geração rebelde e infiel.
O trabalho com as crianças exige que se olhe para o futuro com a esperança que elas não serão escravas de Satanás, mas serão servos fiéis; que elas não estarão perdidas, mas salvas eternamente; pois, semearemos em seus corações a preciosa Palavra do Senhor que tem a garantia de não voltar para Ele vazia.
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem esta esperança de que veremos os frutos de nosso trabalho, para a glória de Deus.

I - INVESTIMENTO

Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário. A mulher tomou o menino, e o criou (Ex 2.9)
Quanto custa formar uma criança? Sem dúvida trabalhar com os pequeninos exige gastos, exige investimentos. Investimentos não só de dinheiro, de material, mas também de tempo.
Quanto trabalho com crianças é feito na base de improvisação e pode-se afirmar seguramente que é para as atividades que envolvem as crianças que nunca se conseguem as verbas necessárias. Embora se saiba que o trabalho com as crianças produz mais resultados do que o trabalho com jovens e adultos, chegando alguns a afirmar que dá um retorno de 90% contra 10%, investe-se apenas 10% nas crianças, quando se investe.

Não haverá ministério eficaz com as crianças sem assumir os devidos custos:
a) custos para melhor preparo de aulas;
b) custos para ter-se melhores materiais didáticos;
e) custos para se transmitir melhor o ensino da Palavra de Deus às crianças;
d) custos para se tornar uma influência amiga e marcante na formação da personalidade da criança.

O - ORAÇÃO

Levante-te, clama de noite no princípio das vigílias; derrama o teu coração como água perante o Senhor; levante a Ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas (Lm 2.19).
Diante de um quadro terrível, quando o povo estava sendo levado para o cativeiro, levanta-se este desafio do profeta Jeremias: “Clama ao Senhor pela vida de teus filhinhos”
Mais do que nunca há necessidade de oração em favor das crianças. Nada poderá ser alcançado senão através da oração.
Aquele que trabalha com as crianças precisa aprender o segredo da oração por si mesmo, pelo seu preparo, que sua vida seja um exemplo e pala salvação das crianças e seu crescimento espiritual.
É imperioso reconhecer a verdade daquela afirmação de Agostinho: “É mais importante falar de Deus acerca das crianças, do que falar às crianças acerca de Deus!”
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem a prática da oração.

U - URGÊNCIA

“Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai Celeste que pereça um só destes pequeninos” (Mt 18.14).
É urgente ganhar as crianças para Cristo. Enquanto crianças elas são mais suscetíveis de serem evangelizadas, de reconhecerem seu pecado, de crerem na pessoa e obra de Jesus.
A medida que vão crescendo, que vão se adultizando, vão também endurecendo os seus corações e ficando cada vez mais marcadas pelos pecados.
Tem sido comprovado que os 85% dos que são cristãos, tomam esta importante decisão entre 15 e 30 anos; 4% após os 30 anos e 1% de 1 a 4 anos.
Esta estatística nos mostra como é urgente ganhar as crianças. Infelizmente muitos não crêem na evangelização das crianças e protelam a comunicação da mensagem.
Quantas crianças acabam sendo igrejadas e não evangelizadas!
Quem trabalha com as crianças deve ter como prioridade conduzí-las à salvação em Cristo, pois esta é a vontade de Deus.
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem este sentimento de urgência quanto ganhá-las para Jesus.

Sim! Eis aí o Á-É-I-Ó-U do trabalho com as crianças, os rudimentos básicos para ter um trabalho frutífero.

2ª - PARTE: NOÇÕES DE PSICOLOGIA DENTRO
DE CADA FAIXA-ETÁRIA

Para ensinar crianças com eficiência e sucesso, o professor precisa conhecer as características, necessidades e interesses peculiares a cada faixa-etária. Ex.: O profeta Eliseu para ressuscitar um rapazinho desceu ao seu nível adaptando-se às suas medidas e dimensões, por certos pormenores como boca, olhos, mãos e corpo. Vejamos ai uma grande lição espiritual para ganharmos a infância para Jesus (Ver II Rs 4: 33,34). A Psicologia Educacional estuda as leis que governam o crescimento, desenvolvimento e comportamento do indivíduo. Estudaremos de forma resumida as características, as tendências, aspirações, predileções e interesse de cada grupo de idade até os juniores, e com isso também as necessidades de cada um deles, no seu relacionamento com o aprendizado. A divisão em grupo, que se segue, não significa precisamente a divisão psicológica, uma vez  que inúmeros educandos, ou melhor cada pessoa tem diferenças psíquicas. Além disso todos nós, sem exceção, somos imperfeitos, tudo sendo efeito do pecado. Mas contudo vejamos o que existe de comum em cada faixa de idade.

BERÇÁRIO E JARDIM DE INFÂNCIA (01-05 anos).

QUANTO AO DESENVOLVIMENTO
A - FÍSICO - Rápido crescimento, inquietação, movimento, sentimento de dependência. As quatros principais atividades da criança nessa idade são: Comer, dormir, brincar e perguntar. Os sentidos físicos funcionam com toda carga. Eles são nessa época de suprema importância na aprendizagem. O ensino ilustrado é de toda importância nessa fase. Crianças gostam de todo tipo de (trabalho) barulho, especialmente aqueles que resultam em ritmo. Por essa razão rimas e movimentos ritmados nos hinos, poesias e exercício de expressão agradam e impressionam o sistema nervoso e este transforma as sensações em movimento. Uma criança vive pelo sentimento, por isso fica quieta apenas por alguns instantes.

B - MENTAL - Aprendizagem pelos sentidos, curiosidade. Imaginação. Credulidade. A alma da criança é como massa de modelar, a forma que se der essa fica, o que for ensinado é aceito e crido sem discussão, o que não se dá com jovens e adultos. A visão é por mais ativa e a criança aprende mais pela visão do que por qualquer outro sentido. Há muita curiosidade. Muita criança tem adoecido pela curiosidade em experimentar coisas desconhecidas. Animais pequenos correm perigo perto de mãos infantis, vítimas de sua curiosidade... A imaginação é por demais fértil. Nesta idade a criança não distingue entre o real e o imaginário. É tanto, que flores, animais e figuras falam como se fossem gente. Devido a essa forte imaginação, elas inventam histórias as mais incríveis, sendo por isso tidas por mentirosas. Quanto à curiosidade, a criança normal parece mais um ponto de interrogação! Seu período de atenção não vai além de 3 minutos.

C - SOCIAL
 A criança até os 5 anos é notadamente egoísta, vendo com isso a imitação. Ela é o centro do seu próprio mundo. Só pensa em termos de “eu”, tudo é meu. Se vai a uma loja de brinquedos quer tudo. Se vê outras crianças brincando quer tomar seus brinquedos. As vezes nem quer uma coisa mais não dar para ninguém. É teimosa e quer fazer aquilo que lhe vem à mente. São afetuosas. Gostam de música, canto. Sua tendência para imitar os outros influi no caráter, assim como a curiosidade influi no conhecimento. Essa é a época áurea da formação dos hábitos como oração, obediência, freqüência aos cultos, contribuição, reverencia na Casa do Senhor. Toda construção começa pelo alicerce, e aqui vemos o alicerce da vida. Passada esta fase não volta mais.

D – ESPIRITUAL
Credulidade e confiança tranqüila. A vida cristã no lar, num ambiente de oração e fé em Deus, fará a criança compreender a Deus como Pai nosso. A atividade dos sentidos ajudá-la-á a aprender as lições da natureza. A criança crê em tudo que lhe é direto. Deus dever ser apresentado como o Papai do céu.

OS PRIMÁRIOS (06-08 anos)

Palavra descritiva da idade:

ATIVIDADE

A – FÍSICO
Ativo e inquieto, mas melhor controlado. As características são as mesmas da idade de 04-05 anos, com ligeiras diferenças. O crescimento é mais lento. O ingresso na escola pública põe a criança sob disciplina e a expõe a alguns perigos. Começa a brincar em grupo, o egoísmo está diminuindo. As avalanches de energia precisam ser despendidas sobre orientação. Se o seu tempo não for ocupado, encontrará muito o que fazer.

B – MENTAL
Nessa idade, o aluno é observador e curioso. Prefere mais fazer do que prestar atenção. Tem memória sem igual. Aprende com facilidade sem entender o que memoriza. É preciso cuidado quanto ao ensino nesse particular. São impacientes. O que querem, querem agora! Começam a distinguir entre o real e o imaginário, entre fato e fantasia. As histórias e fatos contados ficam gravados. Dessas histórias, a criança obtém preciosas noções de honra, justiça, bondade, compaixão. As crianças nessa idade aprendem com facilidade mas é preciso explicação do material memorizado. Se isto não for feito, elas guardam a história na memória, mas esquecem a lição nela contida. É oportuno encher-lhe a memória com a Palavra de Deus, tanto com versículos apropriados como com ilustrações ou verdades bíblicas ilustradas, das quais Jesus tanto se serviu quando ensinava.

C – SOCIAIS
A imitação continua forte, bem como a tendência para representação. A criança nesta idade gosta do grupo, mas do mesmo sexo. Os meninos aborrecem qualquer associação com as meninas, quer nos brinquedos, quer nas ruas. Eles implicam com elas e as expulsam do meio. Na imitação o menino imita professores masculinos e as meninas, trabalho de mulher. Nesta idade a criança é muito sensível. Qualquer coisa que lhe digamos em tom áspero a magoará e não esquecerá com facilidade. Entretanto não guarda rancor.

D – ESPIRITUAL
Confia sem duvidar, a menos que sofra decepções. Uma criança facilmente confia em Deus. Nessa idade ela começa a comparar o certo e o errado, e é ágil, viva em descobrir as falhas dos adultos. Cuidado, pois com o exemplo. Se o professor não estiver devidamente preparado para a aula, a criança notará facilmente seus apertos. Deus deve ser apresentado como o Grande Amigo.

OS JUNIORES (09 - 11 anos)

Palavra descritiva da idade:
ENERGIA.

A – FÍSICO
Saúde e energia em excesso. Espírito de competição e investigação. Não há fadiga. As classes dever ser separadas. Porque o que interessa a meninas, não interessa a meninos. Gostam do ar livre e excursões. Gostam de coisas arriscadas, como subir em árvores, rochedos e equilibrismo. O instinto de coleção aumenta mais. Agora é selos, moedas, figuras, revistas infantis etc. O espírito de competição muitas vezes termina em lutas, gostam de parecerem fortes. Deus deve ser apresentado como Deus forte e amoroso

B – MENTAL
Sede pelo começo das dúvidas. A criança passa a investigar o porquê das coisas. A memória continua ativa. O que for agora memorizado ficará retido e acompanhará o aluno pelo resto da vida. A criança lê muito nesta idade. É época de por em suas mãos a literatura ideal, porém graduado. Quase todas as crianças dessa idade acham tolas todas as idéias dos adultos. Esta é a época para fixar hábitos e costumes corretos como: Ler a Bíblia , localização de passagens, freqüência aos cultos, estudos da lição da Escola Dominical, graças pelo alimento, etc.

C – SOCIAL
Interesse no grupo, associações, organizações. O menino quer ser importante, acham que as meninas não deviam existir. O sentimento de lealdade é muito forte. Necessitam grandemente de tratamento simpático. O espírito de grupo deve ser orientado e guiado em vez de sufocado ou criticado. Esta é a idade ideal para a orientação sexual, porém deve ser ministrado pelos pais.


D – ESPIRITUAL
Sendo crente nessa idade a criança gosta muito de adorar a Deus. Ama a Jesus como Salvador. Amigo e Herói. É época da plasticidade espiritual.

OS INTERMEDIÁRIOS (12 a 14 anos)

São também chamados adolescentes, o que de fato são. Adolescente deriva do latim “adolesco”, crescer, desenvolver-se para a idade varonil. Nossa palavra adulto é o particípio de adolesco=crescido.

Palavra descritiva da idade: Transição.

A. FÍSICO
Crescimento rápido outra vez. Mudanças profundas, físicas e mentais, isto devido a ação de certas glândulas até então inativas, mas agora, em obediência às leis do Criador são ativadas e respondem pelas transformações físicas e psíquicas da criança. Há agora muito vigor e muita atividade. O coração do adolescente cresce e palpita com mais rapidez, o que dá ao menino energia tornando-o barulhento. Bate a porta com força, assobia e grita com força total, que a pobre mãe cansada e nervosa pergunta porque é que o Joãozinho não pode ser mais cavalheiro e delicado. Esses jovens furacões também dão vazão, facilmente, a tais explosões de energia e logo ficam cansados. Meninos e meninas começam a demorar-se diante do espelho e do perfume. As meninas crescem mais rápido, mas param mais cedo; os meninos demoram um pouco mais e continuam crescendo. Devido as novas forças desenvolvidas e o desassossego do físico, grande perigos rondam esta  idade.
Os adolescentes são desajeitados; esbarram em tudo e como quebram as coisas em casa! Isso porque mãos, pernas e pés estão em rápido crescimento, juntamente com forças até então inativas, e o cálculo e a firmeza sofrem prejuízos. Também costumam aprender e inventar cacoetes os mais diversos, mas sendo observados com simpatia, os abandonam pouco depois automaticamente.(Cacoetes na idade têm sempre origem no sistema nervoso, como pressa, preocupação, estado emocional, etc., etc.)
Deus deve ser apresentado aos adolescentes como nosso verdadeiro alvo.

B. MENTAL
Expansão. Abandono das coisas de criança. Surge a razão, a mais alta das faculdades humanas, e o rapaz está sempre a perguntar o porquê e o como das coisas (falamos de razão no sentido de raciocínio e não noutro). É a idade das dúvidas, inclusive as de ordem teológica. O adolescente é pesquisador e lógico. Lê muito, se tiver formado esse hábito. Concentra-se no que faz. Surgem as emoções. Perguntas bíblicas. Impera o reino da fantasia. Há constante sonhos quiméricos de coisas irrealizáveis, que costumamos chamar de “castelos de areia”. As emoções oscilam de um extremo ao outro. Hoje a mocinha está alegre, irrequieta, sonhadora. Amanhã estará muda, triste e não gosta de mais ninguém. O rapazinho adquire ares de teimosia, rebeldia, argumentação. Tudo isso faz parte dessa idade. Tudo deve ser canalizado e orientado para o bem.
A oração constante a Deus e a confiança em suas promessas segundo a sua Palavra, por parte do pais, é fator de primeira ordem para o equilíbrio, controle e vitória, tanto no lar como na vida do adolescente.
É ainda nessa idade que a mente atinge o mais elevado período intelectual, na fronteira dos 15 anos.

C. SOCIAL
 Desejo de companhias. Aumenta o sentimento de grupo. Os pais enfrentam o problema de companheiros apropriados para os filhos. Impulsos de independência. Detestam a rotina; querem variedade. Emoções intensas. A disposição e a força devem ser dirigidas contra o mal, o erro. O amor profundo que surge nessa época deve ter seu verdadeiro alvo em Deus e no próximo, com o qual convivemos aqui na terra até à morte. O estudo de relações humanas por parte dos pais é muito útil nessa fase.
O sentimento de justiça é muito forte, o que exige cuidado dos pais quanto a aplicação de disciplina.

D. ESPIRITUAL
É época ideal para serem conduzidos a Cristo. Precisam de apoio constante e orientação, isso num ambiente apropriado de espiritualidade profunda, atividades cristãs e programas próprios para a juventude.

OS SECUNDÁRIOS (15 A 17 ANOS)

Palavra descritiva da idade: Aspiração. As características físicas, mentais, sociais e espirituais, são praticamente as mesmas da idade anterior, porém, mas acentuadas.
A vida sentimental continua em desenvolvimento. Muitas vezes, há romances nesse ponto, os quais exigem tato, controle, paciência, ação, confiança e observação por parte dos pais. Prossegue o espírito de competição.


Requisitos
do Bom PrOFESSOR


INTRODUÇÃO


PALAVRA AOS PROFESSORES

Leitura em Marcos 10:14. O professor do Ensino Bíblico da Escola Dominical foi chamado para um dos trabalhos mais importantes da Igreja de Jesus Cristo, que é cuidar das crianças que a ele pertence (Pv 22.6) “Leitura”. O professor é privilegiado por ter sido escolhido por Deus para ensinar as crianças da casa do Senhor (Exp. de Timóteo) que desde a meninice sabia as Sagradas Letras. Professor! você deve sentir-se feliz em estar investindo neste grande trabalho, que é o de ensinar as Sagradas Letras às crianças na Escola Dominical! Ser professor de criança é ter um cargo sério e elevadíssimo. É gratificante para o professor mais tarde se deparar com frutos do seu trabalho.

Ser professor de criança é ter convicção da grandeza do trabalho que se está fazendo na obra do Mestre; é ter certeza de se estar levantando um edifício de ouro (I Co 3.12). Ser professor de criança é trabalhar pelos outros e para Deus, é sobretudo promover a felicidade de alguém confiando-lhe a graça de Cristo.

No entanto, queridos professores, este trabalho só será confirmado com êxito total com a permanência da criança na Igreja. Ainda que alguns abandonem o “Aprisco das Ovelhas” por onde quer que estejam se lembrarão da palavra de Deus ouvida através do Professor da Escola Dominical. Concluindo leiamos I Coríntios 15:58. Mas para isso é preciso ter-se convicção do que se está fazendo, certeza de fazermos um trabalho de Deus e para Deus.

OBJETIVO DA ORGANIZAÇÃO


Adquirir um melhor rendimento na educação cristã da criança obtendo êxito no Ensino da Escola Dominical.

OBJETIVO DO CURSO

Melhorar o conhecimento do professor para que haja melhor rendimento no Ensino Bíblico da Escola Dominical.

3ª   PARTE


REQUISITOS PARA UM BOM PROFESSOR


REQUISITO - é uma exigência necessária para certos fins, certos efeitos.
É importante e bom saber que uma pessoa vale e pesa pelo que é e pensa. Ora o professor de crianças da Escola Dominical é, sobretudo um crente que sabe manusear a Palavra de Deus. Ele deve ser dinâmico e corajoso, pois luta contra tudo o que contraria os ensinos Bíblicos.

1º REQUISITO:  VOCAÇÃO
Toda profissão exige qualidades e aptidões das pessoas que a exercem. A isto chamamos de vocação.
VOCAÇÃO - é uma disposição natural do espírito, é como uma força interna que age nas pessoas dando-lhe a capacidade para desempenhar uma certa atividade. Talvez não haja no mundo uma função que mais exija este talento que a do professor. As pessoas separadas para esse trabalho devem ser realmente vocacionadas. Medite: I Coríntios 7.20. Devemos desempenhar a nossa tarefa com muita abnegação, porque sabemos que fomos chamados por Deus, e seremos recompensados por Ele. A função essencial do professor de crianças na Escola Dominical é ajudar a criança a desenvolver os seus conhecimentos e a sua personalidade. O professor é uma pessoa que procura antes de tudo guiar, orientar, encorajar e descobrir o interesse dos pequenos. É um trabalho árduo e como tal apresenta segredos e dificuldades. É preciso o professor de criança ser idealista. E o professor que tem vocação sempre procura novas maneiras, novas técnicas para despertar o interesse da criança pela palavra de Deus.
Aquele que professa algo está revelando que sabe o que professa. Se alguém professa medicina, direito ou pedagogia está também consciente de que sabe essas ciências. Um construtor não professa medicina, nem pedagogia, nem direito. Se alguém professa alguma matéria, ter de ser entendido nela. O professor dever ser um homem versado nas matérias que professa. E versado é o homem que é experimentado, que é entendido.
O professor da Escola Dominical de crianças deve ser versado em assuntos bíblicos e no modo de aplicá-los as crianças. E só faremos um trabalho perfeito, com brilho sob a orientação do Divino Mestre e com a inspiração do Santo Espírito de Deus. Para sermos professores capazes é preciso abrirmos o nosso coração para morada do Espírito de Deus, porque Ele é quem dá inspiração.

2º REQUISITO: DEDICAÇÃO
DEDICAÇÃO - é uma virtude que se identifica quando uma pessoa demonstra zelo e interesse total para fazer alguma coisa em favor de alguém. Sem que haja essa disposição não há dedicação. A soma da vontade de fazer alguma coisa, mais o interesse de chegar a conclusão desse desejo, podemos classificar como dedicação. Por exemplo: Se você gosta de ensinar crianças, irá procurar um meio pelo qual elas aprendam cada vez mais. Ora, para se chegar a conseguir da criança um bom rendimento na aprendizagem é preciso que haja dedicação que vem a ser sinônimo de interesse e de vontade.

3º REQUISITO:  AMAR A CRIANÇA A PONTO DE DOMINÁ-LA
A criança sem afeto tornar-se-á uma pessoa desajustada e, consequentemente, sem domínio sobre si mesma. Por isso se diz que o amor é dado em troca de uma necessidade. A criança aprende a amar os outros, quando recebe amor. A criança que não recebe afeto, cresce conhecendo somente revolta e desprezo pelo próximo e também não ama; tudo por ter sido criada sem carinho. Suas reações serão as mesmas que sentiu pelos maus tratos que recebeu. Está na obrigação do professor ajudar o desenvolvimento da personalidade da criança, tratando-a com carinho.
Para que não ocorra um desvio na caráter da criança, precisam os líderes dar o máximo de si mesmos, muito afeto e bom trato, para prenderem a atenção e a confiança da criança. Lembrem-se de que as crianças confiam e acreditam em quem amam. Procure sempre falar-lhe a verdade. Nunca prometa o que não possa cumprir, uma simples “mentirinha” tira para sempre sua credibilidade. Para obtermos domínio sobre a criança é necessário fazermos uma sondagem, pois cada indivíduo, possui características próprias. O ser humano não pode ser generalizado. É recomendado aos líderes distribuir as tarefas de modo agradável, pois, o trabalho mental excessivo é mais prejudicial que o físico, quando não bem regulado causa irritação e inquietação. Nunca se pode desprezar as perguntinhas da criança, mesmo que sejam um tanto sem lógica; a resposta faz com que adquiram confiança, amizade e, sobretudo, liberdade para confidenciar suas aventuras e sentimentos com o professor. Devemos acatar as iniciativas da criança, sempre que possível, aproveitando seu comportamento para dar como exemplo a outros.
Conversar com as crianças, sem critica-las, é uma boa maneira de demonstrar-lhes amor. Tenha sempre um sorriso para elas. Este amor deve ser mantido com autoridade. Sendo necessário uma repreensão, repreenda de modo meigo, com amabilidade, lembrando-se de que “resposta branda desvia o furor” (Pv 15:01).

4º REQUISITO:  CAPACIDADE PARA ENTENDER A CRIANÇA
Sentir amor pela tarefa que tem a desempenhar é o ponto básico para entender a criança, e compreender as suas necessidades de aprendizagem e afeto, que são fundamentais. Lembrem-se de que o professor contribui essencialmente para a formação da personalidade infantil.
Na parte espiritual, Deus se agrada de quem se dispõe a cumprir sua ordem “Instrui o menino no caminho em que deve seguir” (Pv 22:6). É imprescindível um entrosamento com os pais, a fim de saber as necessidades que tem a criança tanto espiritual como emocionalmente: carência de afeto materno etc., para que o professor possa contornar a situação, dentro dos métodos psicológicos.
O convívio com Deus prepara a criança para conviver com outras crianças. O professor prepara a criança para conviver dentro da sociedade cristã (viver acompanhada e ser companhia). Levar uma criança a Deus é algo muito importante na vida. Ser moderado e amável são características básicas para liderar crianças, valorizando a personalidade de cada uma. A criança precisa amadurecer onde haja paz, calor humano e sobretudo conhecimento de Deus. Tendo idoneidade para corrigir a criança, quando necessário, faça-o mas faça a sós, para evitar comentários infrutíferos, ou agressividade. É claro que, às vezes precisamos repreendê-las, mas quando isto for necessário devemos fazer com muita (precisão) precaução e carinho. E sempre que as corrigirmos devemos mostrar-lhes que a vontade de Deus é que sejam obedientes, pois Deus gosta de crianças obedientes.
É dever do professor saber versículos bíblicos que dêem a conhecer como devemos nos portar na Casa de Deus. Quando o professor assim procede a sua classe é sempre a mais freqüentada, porque os alunos se sentem felizes em estar com ele e se interessam por aprender dele a palavra de Deus.

5º REQUISITO: MORAL PERANTE A IGREJA
Nós mesmos somos a Igreja, logo precisamos ser dignos, sobretudo sinceros entre nós mesmos. Porque bem sabemos que não se deve ensinar o que não se pratica. Foi por isso que Jesus chamou os judeus de hipócritas (Mt 15:7,9). Não deve o nosso amor ser fingido, mas ser um amor cordial, com honra uns para com os outros (Rm 12: 9,10). A moral assinala o que é honesto e virtuoso segundo os ditames da nossa consciência e os princípios humanos, a ética diz que a moral trata dessas coisas e dos nossos bons costumes, e do cumprimento dos nossos deveres. Assim podemos ver que a moral é o conjunto das nossas atitudes e dos bons costumes para o domínio espiritual.
O professor de crianças da Escola Dominical deve possuir as qualidades morais citadas, porque não se pode educar sem Deus, e muito menos, utilizar a Bíblia só de lábios e não com a vida moral. Sem estas qualidades perante o povo de Deus e perante o mundo, não é possível, porque somos a carta de Cristo conhecida e lida por todas as pessoas (II Co 3: 2,3).

6º REQUISITO: SER EDUCADO NO TRATO
Todos gostam de receber um bom tratamento, e mui especialmente as crianças. Elas sempre estão à procura de alguém que as ame, que lhes dê carinho, e que lhes transmita segurança. Cabe ao professor usar a maneira mais eficiente para transmitir a mensagem desejada à criança.
João Batista nos orienta a este respeito quando diz que “a ninguém trateis mal” (Lc 3:14) e Tiago diz: “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria” (Tg 3:13). O professor que se preocupa com o trato dos seus alunos é bem recompensado, porque tem mais probabilidade de alcançar os seus objetivos e encontrará mais cooperação da parte de todos. As crianças não gostam de olhares indiferentes, de palavras arrogantes, nem de gestos bruscos. Portanto, para cativá-las devemos demonstrar-lhes a nossa alegria em tê-las presentes, elogiando-as, quando necessário, e sempre externar o nosso interesse por elas.
O professor que utiliza o castigo e a repreensão em alta dosagem e demonstra falta de confiança nos alunos, provoca neles reações, como: sentimento de revolta, angústia, passividade e submissão.

7º REQUISITO: NÃO TRANSMITIR SEUS PROBLEMAS AS CRIANÇAS
Um dos principais requisitos para um bom professor é o equilíbrio emocional, é uma qualidade indispensável. O professor deve ser uma pessoa calma, capaz de dominar suas reações emocionais. O professor que transmite os seus problemas pessoais na hora de aula é antididátido e prejudica o seu próprio trabalho. Os alunos são extremamente sensíveis ao estado emocional do professor. Deste depende criar um ambiente de confiança, cordialidade e compreensão, para favorecer o rendimento do ensino, e consolidar a personalidade dos próprios alunos. Devemos lembrar que a criança tem uma alta capacidade de percepção. Para o professor é necessário ter um padrão de comportamento estável perante as crianças. O professor não pode ser oscilante (duas caras), em seu comportamento, pois a criança e o adolescente tem a tendência de imitar os adultos que adquiram pela força, inteligência ou qualidades pessoais. Por isso é necessário que o educador tenha uma personalidade equilibrada e saiba controlar suas emoções.

8º REQUISITO: SENTIR-SE RESPONSÁVEL PELA SALVAÇÃO E FORMAÇÃO ESPIRITUAL DA CRIANÇA
A criança assume um compromisso inconsciente perante se própria e perante seus pais, de freqüentar a Escola Dominical. Os pais por sua vez, confiam e entregam seus filhos para que ali sejam orientados. Esse já é um grande passo dado para a formação espiritual da criança. Uma grande parcela dessa responsabilidade cabe à família e outra ao professor. Porque é dele que a criança vai aprender algo da parte de Deus, e das coisas espirituais. Portanto, é dever do professor corresponder esta expectativa. Lemos em Zacarias 12:1 que é o Senhor quem forma o espírito dentro do homem. Porém nós somos os instrumentos utilizados por Deus para transmitir-lhe a mensagem divina. Por isso devemo-nos apresentar a Deus como nos incentiva o apóstolo Paulo em 2 Timóteo 2:15 “Como obreiros que não tem de que se envergonhar e que maneja bem a palavra da verdade”. Devemos conscientizar a criança da sua salvação e ensinar-lhe que deve mostrar a Deus sua gratidão por uma tão grande dádiva, fazendo-a entender que o plano de salvação de Deus foi criado para todos, inclusive para as crianças em Provérbios 22:6 o professor é comparado a um jardineiro.

9º REQUISITO: LINGUAGEM ADEQUADA AO NÍVEL DA CRIANÇA
Em I Coríntios 14:9 lemos: “Se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis falando no ar”. Por isso devemos sempre estar preocupados com o que vamos falar e como vamos ensinar. A linguagem da pessoa que ensina deve ser clara, correta, objetiva e tais pessoas precisam sempre procurar a perfeição, digo aperfeiçoar o seu vocabulário e corrigir os vícios de linguagem. Para ensinar crianças, a escolha da linguagem a ser usada é muito importante. As palavras devem ser pronunciadas com uma entonação agradável e infantil e, sempre que possível, utilize o vocabulário da própria criança. Falar bem humorado dando ênfase às palavras para despertar o interesse da criança pelo assunto abordado é imprescindível.
Se um professor fala para crianças usando palavras desconhecidas ou mesmo como se estivesse falando para pessoas adultas, essas crianças terão dificuldades de assimilação e, consequentemente, a aprendizagem será reduzida.
Vemos assim a importância da escolha da linguagem para um bom relacionamento professor criança e um excelente índice da aprendizagem.

10º REQUISITO: TER CONHECIMENTO BÍBLICO
Conhecimento é estar informado sobre alguma coisa. Logo quando uma pessoa está bem informada sobre algo, ela tem a posse de conhecimento. Mas para isto é preciso que esteja realmente certo de que o fato aconteceu.
Conhecimento é a convicção da consciência obtida pela percepção. O professor de criança da Escola Dominical deve conhecer a Bíblia porque a lê. Não devemos falar do que não sabemos. Deus mesmo lhe ensinará toda verdade. O professor é obrigado a saber comentar a lição dominical, porque quem dá graça é Jesus, mas quem deve ler para conhecer a lição é o professor. Foi com muita clareza que o Apóstolo Paulo recomendou aos romanos (12:7) que para quem ensina, “haja dedicação ao ensino”. Professor, veja como é grande a sua responsabilidade. Sabe por que? Porque a Escritura diz que “doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte”(Pv 13:1) e diz mais “um mau mensageiro cai no mal” (Pv 13:17).

11º REQUISITO: ESPÍRITO  DE LIDERANÇA
Espírito de liderança é uma parte integrante do bom professor: se ele é responsável pelo aprendizado do grupo, precisa ser um bom líder. O professor que exerce a liderança procura compreender cada aluno para conseguir a cooperação de todos. Muitos professores têm uma concepção errônea de liderança. Julgam que líder é aquele que impõe, que considera que os alunos como autômatos e incapazes de vontade própria. No entanto o verdadeiro líder age de maneira totalmente inversa: faz tudo para que os alunos encontrem as soluções por si mesmos e encorajam os mínimos esforços de cada um. O líder ver o aluno com uma pessoa capaz de descobrir, idealizar e criar, e utiliza mais a recompensa do que o castigo. São os processos de liderança que dão resultado produtivo e colocam o ensino no mais alto padrão. Existe ainda o professor indiferente, isto é, aquele que não toma atitudes: é sempre indeciso, dá aula sem se preocupar com o aluno, como se apenas estivesse cumprindo o seu dever de expor o assunto, deixando o resultado a cargo do discípulo. Tal conduta acarreta reações no aluno, baixo rendimento, desordem e indisciplina. O professor que exerce liderança controla toda a situação do aluno, sem lhe dar isso a perceber. A criança não gosta que alguém lhe indique o que fazer. Ela gosta de descobrir. Então a função do professor é orientar, associar as idéias e deixar que a criança as desenvolva, porque ela tem habilidade suficiente para isto. Mas não devemos deixar que a criança se sinta só no estudo, pois neste caso seremos um exemplo de professor indiferente e isto não pode ocorrer em hipótese alguma. Temos o exemplo de Jesus nos seus ensinamentos. Ele sempre foi um líder, sem ser opressor dos seus discípulos. E nós devemos ser imitadores de Cristo (Ef 5:1).

12º REQUISITO: ASSIDUIDADE E PONTUALIDADE
Mas uma vez o professor está sendo colocado como espelho onde os alunos procuram mirar-se. Assim sendo, ele precisa ser assíduo e pontual. Deve chegar sempre mais cedo que o primeiro aluno, para cumprimentá-lo. A assiduidade dá apoio moral ao professor quando quiser ou precisar fazer uma advertência nesse sentido. O próprio aluno irá lembrar-se de que o professor chega sempre na hora certa e procurará corrigir-se. É claro que as vezes ocorre alguma eventualidade. Nesse caso, se possível, os alunos deverão ser avisados do motivo da falta. Agindo assim, o professor evitará que o aluno fique com uma interrogação. A criança afeiçoa-se com muita facilidade ao professor. Quando ele falta, ela se nega a aceitar o outro professor e consequentemente não se interessa pela aula. Para evitar isso o professor deverá dividir o tempo com o outro professor. Os alunos ficarão acostumados com ambos.

13º REQUISITO: QUALIDADES FÍSICAS
Ser professor é deveras uma missão árdua e até mesmo complexa. Ela não exige apenas preparo espiritual e intelectual, mas também físico. A aparência e os hábitos pessoais colaboram eficazmente na apresentação do trabalho do professor. Ele deve conscientizar-se de que todos olham para ele; portanto precisa ter cuidado com a sua postura e procurar corrigir seus maus hábitos, para não dar maus exemplos aos seus alunos. A higiene também faz parte do preparo físico; inclusive no estado psicológico. Uma pessoa asseada sente-se bem e tem possibilidade de transmitir seus pensamentos com mais eficiência e entusiasmo diante dos problemas que surgem. O cristão deve aprender a disciplinar seus hábitos negativos para que Cristo seja glorificado em sua vida. Portanto, se para o ensinador cristão estas qualidades são indispensáveis deve o professor cumpri-las a risco, para um melhor aproveitamento do seu trabalho. As boas qualidades e os bons hábitos devem compor a formosura e a beleza do conjunto físico do professor, para sua melhor apresentação, pois engrandece o somatório de todos os outros requisitos e atributos inerentes ao professor de criança da Escola Dominical.


4ª PARTE  REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA UMA BOA AULA

PLANEJAMENTO
O planejamento é de suma importância na orientação de toda a tarefa a ser realizada. É através do planejamento que você professor, organiza o desenvolvimento de sua ação junto à classe, partindo sempre para realizações mais aperfeiçoadas.


Planejamento - é um roteiro que orienta nossas atividades, afim de que alcancemos nossos objetivos. Aliás temos um motivo para planejarmos é a nossa responsabilidade no que diz respeito a formação espiritual dos nossos alunos com o ensino da Palavra de Deus. Não queira correr o risco de improvisar sua aula, pois pode ficar faltando alguma coisa importante para ser abordada, pode faltar algo que seu aluno esteja precisando. Até agora falamos de planejamento de um modo geral, no entanto o que nos interessa para este trabalho é o plano de aula. É este que orienta sua tarefa em cada aula que você ministra.

Planejar significa prever como alcançar certos objetivos.

 OBJETIVOS – É uma meta que você deseja atingir; é algo que se deseja alcançar! Em todas as nossas ações, existe sempre uma finalidade, um objetivo a ser atingido desde os atos mais simples aos mais complexos.
Na sua classe o objetivo é aquilo que você deseja que seu aluno aprenda. Como estabelecer os objetivos? Não é difícil - respondemos. Você leu a Bíblia, leu a Lição Bíblica, então é só meditar nos pontos mais importantes para o ensinamento em classe, principalmente aqueles considerados como doutrina bíblica que servirão para aprofundar a fé da criança. Os objetivos é a essência, é aquilo que você quer que fique gravado na mente da criança, é o essencial.

CONHECIMENTO DO ASSUNTO - É ter segurança daquilo que você ensina. Para ensinarmos uma lição é preciso conhecimento, digo conhecermos profundamente o assunto para não sermos apanhados com insegurança, porque, assim perdemos a credibilidade da turma. O professor precisa estudar, sempre estudar, e está seguro do assunto que vai ministrar. Devemos ensinar o que temos convicção de que na Bíblia está escrito realmente é assim.

MOTIVAÇÃO - É o recurso que o professor usa para despertar o interesse do aluno por um assunto que você pretende ministrar. É preciso cuidado com a motivação para não exagerar em fantasias porque a criança pode se decepcionar. Mas a motivação deve ser aplicada com estratégias de modo que agrade a criança e atenda a expectativa dela ao introduzir o novo assunto. A motivação da aula é a introdução do assunto, o prefácio da aula e para o bom desenvolvimento da aula a motivação é o item principal, porque é a estratégia que o professor usa para atrair atenção da criança.

MOTIVAR é criar prontidão.

Exemplo de motivação:

RECURSOS VISUAIS - para a criança é de suma importância os recursos visuais. Recursos visuais são materiais didáticos que o professor usa para ilustrar suas aulas e tem grande influência na motivação da aula, tornando-a mais alegre e menos cansativa. A criança gosta de figuras, desenhos coloridos. O colorido e a variação de cores desperta o interesse da criança. Os recursos audiovisual também tem grande influência. Um ponto em que precisamos seguir o exemplo do Supremo Professor é o da abundante utilização de ilustrações.

ATIVIDADES: As atividades na sala de aula são técnicas usadas para fazer com que o aluno participe da aula, aplicando aquilo que aprendeu. As atividades de estudo bíblico constituem o âmago do plano de aula. As atividades são muitas e variadas, mas o professor pode aplicar aquelas que conhece evidentemente. As atividades de aprendizagem devem guardar com as metas, isto é, devem está dentro do contorno da lição que estou dando. As atividades de aprendizagem precisam se ajustar ao tempo disponível. Ao contexto da Igreja o ensino da Bíblia normalmente é uma luta contra o relógio então é melhor cronometrarmos o tempo do que ficarmos sem dar o que planejamos porque isto nos impede de alcançarmos nosso objetivo.

EXEMPLO DE ATIVIDADES:

Exercícios escritos, tarefas com pinturas, colagens, montagens, argüições orais, debates, encenações etc.

Para conseguirmos êxitos devemos variar sempre que pudermos. VARIEDADE é o tempero da vida.
Obs: quanto às atividades o professor não devera fazê-las fáceis porque sufoca os alunos que gostam de descobrir, raciocinar.

AVALIAÇÃO - Avaliação é um meio de verificar. A avaliação é um recurso educacional essencial a professores para verificarem o nível de aprendizagem de seus alunos. A avaliação revela o que foi feito e o que deixou de ser feito.

Avaliar é dar oportunidade ao aluno de compartilhar o fruto do próprio esforço. Instrumentos de avaliação: fichas, cartões, testes, concursos, competições, trabalhos etc.

Que o senhor JESUS CRISTO lhe dê, caro missionário (a), sabedoria e graça para ganhar muitas e muitas crianças para Ele e ensine a caminhar firmadas em sua palavra.                         

Congresso das Crianças (Responsável Tia Gisele)Pregadora Prª Jaqueline

Congresso das Crianças( Responsavel Tia Gisele) IMO VP

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